Quem sou eu

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Sou um interessado em vinhos que não tem a pretensão de querer ensinar nada a ninguém. Quero trocar informações e experiências, pois meu objetivo é conhecer melhor para apreciar melhor.

Adoro viajar, conviver com amigos, comemorar datas festivas, estar em família, comer uma boa comida, viver as emoções, sorrir, pensar e ser feliz e acredito que o vinho pode proporcionar ou estar presente em tudo isso.

Sou um entusiasmado que descobriu que o vinho pode ser muito mais do que uma simples bebida e diz: “O vinho é a bebida que emociona!”.

Muito prazer, meu nome é Carlos.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Koonunga Hill (Penfolds)

     Gosto de uma grande variedade de estilos de vinhos. Dou valor e aprecio os taninos, o frutado, a acidez, o corpo e a maturação em barricas de carvalho, mas minha constante busca é pelo equilíbrio entre eles.
 
     Apesar de ter algumas preferências, não sou enfático ao extremo e não ouso dizer que não gosto de determinado estilo. O vinho tem um senso de humor peculiar e sempre me surpreende! Além do mais, acredito que há dias para encorpados, leves, tintos, brancos, rosès, frutados, maduros, espumantes, etc.

     Como adepto da "infidelidade aos rótulos", busco sempre conhecer e degustar novos vinhos. E em cada oportunidade, mesmo sabendo um pouco o que esperar, devido às características inerentes à uva e à procedência, me surpreendo frequentemente com a individualidade de cada vinho.

     No fim de semana passado tive a oportunidade de degustar dois rótulos de características diferentes, um era português e o outro australiano. Ótimos vinhos colocando frente a frente Novo Mundo x Velho Mundo.

     Confesso que esperava mais do português, afinal vejo o vinho de Portugal como uma espécie de "porto seguro" no mundo do vinho. Em geral são redondos, macios, agradáveis e fáceis de beber, além de terem um dos melhores custo/benefício do mundo. Tem dias em que penso: na dúvida, escolha o português! Mas, desta vez, achei o vinho um pouco pesado, com madeira em demasia e enjoativo.

     Já o australiano, que eu imaginava que seria marcado pelo corpo excessivo e por taninos grosseiros, surpreendeu! Mostrou-se muito equilibrado e redondo. Tudo muito evidente, mas nada fora de contexto. A qualidade do vinho e o equilíbrio entre taninos, acidez, fruta e madeira para mim foram os destaques.

     Penfolds é uma das vinícolas mais conceituadas da Austrália e o Koonunga Hill é um de seus vinhos clássicos.
     Rico, intenso e feito com Shiraz e Cabernet Sauvignon, um corte típico australiano.
     O vinho foi maturado por 10 meses em barricas de carvalho francês e americano já usadas e possui teor alcoólico de 13,5%.
     Harmoniza muito bem com carnes, especialmente quando grelhadas.
     
     Grande vinho! Recomendo!

domingo, 10 de junho de 2012

Talvez um dia de inspiração

 
    Sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012 às 18:00 horas - bem disposto e determinado a curtir a noite em casa, resolvo fazer um jantarzinho para minha esposa.  A idéia era uma comida gostosa, leve, barata e fácil de fazer. Ahhhh... e claro, acompanhada por um vinho também gostoso e barato que seria escolhido para harmonizar com o cardápio.
       - E agora? A idéia é boa, mas desafiadora. O que fazer? - pensei.
    Diante de tantas condições, botei a cuca pra funcionar e logo veio a primeira idéia:
         - Peixe! - sussurrei, já dirigindo o olhar para os livros de culinária que ficam dispostos na estante da sala.
    Levantei-me e fui em direção ao móvel. Agora o desafio era escolher um dentre os livros e encontrar a receita. Novamente, a idéia surge num segundo e a imagem do livro Cozinha de Bistrô, de Patrícia Wells, me vem à cabeça.
         - Acho que hoje estou inspirado. - brinco comigo mesmo.
    Pego o livro, vou ao capítulo Les Poissons et lês fruits de mer (peixes e frutos do mar) e nem preciso procurar... o livro foi aberto na receita perfeita.
    Com um sorriso, digo:
        - É! Estou inspirado! Tomara que continue assim.
    Decido preparar um Linguado em Molho de Vinagre de Sidra. Diante da escolha busco a aprovação daquela que me motiva.
         - Lilian, que tal um peixe para o jantar? - pergunto.
         - Ótimo! É bom que é leve. - ela responde entusiasmada.
         - Fechado. Vou sair para comprar os ingredientes então. - digo, anotando a receita.
         - Tá bom! Beijo! Não demora, tá? - diz ela se despedindo.
    Saio e vou ao mercado para comprar dois ou três ingredientes. A receita é simples e já tínhamos parte deles em casa. Infelizmente não encontro o linguado e opto por substituí-lo pelo St. Peter.
         - Sem problemas. Acho que vai ficar bom e a Lilian adora. - justifico a troca.
    Volto pra casa e me pergunto:
         - Carlos, e o acompanhamento?
         - Boooora inspiração! Ajuda aí! - falo em voz baixa enquanto me concentro.
    Mais uma vez a resposta surge em questão de segundos: raspo o limão siciliano que vai temperar o peixe e uso suas raspas para temperar um risoto.
         - Vai ficar perfeito com o peixe! -  respondo ao meu questionamento.
    Chega a hora do vinho! Precisamos de um, inclusive para fazer o risoto. Escolho o Alamos - Viognier bastante aromático, sedutor, elegante e frutado no qual identificamos notas de abacaxi bem maduro. Muito bom o vinho!
    Com tudo decidido, coloco as mãos à obra e, em menos de uma hora, sirvo o jantar.
    Na primeira garfada a Lilian diz:
         - Nossa amor, que delícia! Hoje você está inspirado, hein?
    Caio na gargalhada e sugiro o nosso brinde costumeiro:
         - A nós! Para sempre!



 Linguado em Molho de Vinagre de Sidra
(Cozinha de Bistrô - Patrícia Wells)

INGREDIENTES:
- Caldo de 1 limão;
- Sal e pimenta-do-reino moída na hora;
- 1 dente de alho esmagado;
- 500g de filé de linguado;
- 1/4 xícara (de chá) de vinagre de sidra de maçã;
- 12 colheres (de sopa) de manteiga sem sal, gelada, em pedacinhos.

MODO DE PREPARAR
1. Numa tigela, deixe de molho por meia hora o linguado no caldo de limão, sal, pimenta-do-reino e alho;
2. Numa panela em cuja boca se ajuste bem uma peneira, leve a ferver em fogo alto 1 xícara (de chá) de água. Ajuste a peneira e nela arrume os filés de peixe. Reduza o fogo para médio, tampe a panela e deixe cozinhar até que fiquem opacos (4 a 5 minutos);
3. Enquanto isso, numa panela pequena, de aço inoxidável, leve o vinagre de sidra a ferver em fogo médio. Junte a manteiga pouco a pouco, batendo bem após cada porção. Depois, movimente a panela para frente e para trás, até que o molho fique liso e cremoso. Tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto.
4. Arrume os filés de peixe em pratos rasos e derrame o molho por cima.

sábado, 9 de junho de 2012

Vinhos recomendados - Junho 2012


     Novo mês... Nova recomendação!

     Neste mês, para esta recomendação, juntei duas coisas de que gosto muito: Chile e Merlot.

     O Chile é um grande produtor de vinhos! Um dos maiores do mundo e talvez o mais representativo do "Novo Mundo". As características geográficas e climáticas do país, aliadas à competência e ao compromisso dos produtores, transformaram o país num fenômeno e referência vitivinícola.

     A Merlot é uma variedade de uva maravilhosa! Um pouco esquecida e, às vezes, vista apenas como coadjuvante cujo papel é amenizar a "dureza" da Cabernet Sauvignon em assemblages. No entanto, nem todos sabem que a Merlot é uma uva de grande potencial e que, a partir de sua suavidade, pode-se alcançar excelentes resultados. Não é à toa que o Petrus, um dos grandes vinhos do mundo, é feito de Merlot.

     Na verdade, não se trata exatamente da recomendação de um vinho específico, mas sim de algumas variações de vinhos da vinícola Carmem feitos com a uva Merlot: Carmem Classic Merlot, Carmem Reserva Merlot e Carmem Gran Reserva Merlot.

     Todas as três opções representam vinhos de grande qualidade.

Carmem Classic Merlot - uma fantástica relação qualidade/preço. É saboroso, macio e cheio de fruta. Estilo bastante francês. 30% do vinho é maturado em barricas de carvalho.

Carmem Reserva Merlot - um dos grandes Merlots do Chile na sua faixa de preço. Intenso, cheio de frutas vermelhas e especiarias. Encorpado e com taninos macios. 80% do vinho é maturado em barris de carvalho.

Carmem Gran Reserva Merlot - feito com uvas de grande qualidade, rigorosamente selecionadas. Surpreendente! Rico, macio e cheio de sabores com destaque para as notas de frutas maduras. Maturado em barris de carvalho por 9 meses.


# Caso você conheça algum bom rótulo e queira compartilhar, mande sua sugestão para letourdevin.brasil@gmail.com.