Quem sou eu

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Sou um interessado em vinhos que não tem a pretensão de querer ensinar nada a ninguém. Quero trocar informações e experiências, pois meu objetivo é conhecer melhor para apreciar melhor.

Adoro viajar, conviver com amigos, comemorar datas festivas, estar em família, comer uma boa comida, viver as emoções, sorrir, pensar e ser feliz e acredito que o vinho pode proporcionar ou estar presente em tudo isso.

Sou um entusiasmado que descobriu que o vinho pode ser muito mais do que uma simples bebida e diz: “O vinho é a bebida que emociona!”.

Muito prazer, meu nome é Carlos.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O momento da Malbec

     A semana passada foi dedicada ao malbec. Em casa, tivemos duas oportunidades de beber um vinho e, nas duas, o destino nos reservou um malbec argentino. A experiência foi ótima, pois havia tempo que não degustávamos um.
     Uma das oportunidades surgiu num almoço…
          - Lilian, que tal um vinhozinho? - sugeri à minha esposa, já indo em direção à adega.
     De dentro da cozinha ela respondeu:
          - Boa idéia! Eu ía mesmo sugerir isso.
          - Ótimo! - pensei, enquanto examinava as possibilidades da adega - Vamos beber um vinho e ela ainda vai escolher o rótulo.
          - Qual vinho você quer? - perguntei, tentando saber qual rótulo ela gostaria de beber.
     Percebendo que o silêncio persistia alguns demorados segundos e que a resposta seria a minha indicação para sommelier do dia, me antecipei e insisti:
          - Você tem alguma preferência?
          - Ahhhh... Escolhe um legal, mas que não seja muito caro. - respondeu ela, acabando com a dúvida de quem escolheria o vinho naquele dia.
     Diante de uma adega abastecida com quarenta vinhos e com o desafio de escolher apenas um, retomei a orientação da Chef e pensei:
          - Bom e não muito caro… Argentina! Maravilha, faz mesmo bastante tempo que não bebo um Malbec.
      Com a decisão tomada, não hesitei. Fui direto na garrafa do Latitud 33. Abri o vinho e, como manda o costume, me servi com uma pequena quantidade para avaliar o vinho.
     Hummm… bom! Daqui uns instantes ele vai estar jóia! - pensei.
     Durante o almoço, aproveitei a habilidade da Lilian em identificar aromas e perguntei:
          - Veja se você sente algum cheiro?
     Após alguns momentos concentrada em sua taça, ela disse:
          - Acho que tem baunilha.
     Logo aproximo meu nariz da taça, mas antes que eu pudesse sentir qualquer coisa, ouço:
          - Sei não… mas percebo cereja também.
     Aproveito as dicas, me concentro e, não sei se sugestionado pela habilidade de minha esposa, identifico os aromas. Que satisfação!
     Então, chega a hora da análise gustativa e, após alguns bons goles, descrevemos o vinho à nossa maneira:
          - Bastante fruta, né?
          - É. Bem encorpado também, não?
          - Taninos evidentes mas agradáveis, você não acha?
          - É sim! Repara como os taninos enrugam as laterais da língua.
          - Gostei. Bem equilibrado!
          - Se respirar um pouco vai ficar ainda melhor.
     E ficou!

MALBEC 

     Uva originária da França, onde também é chamada de Côt, pouco reverenciada na França, mas utilizada em cortes por causa de sua cor e seu corpo. É uma das cepas permitidas em bordeaux e utilizadas no corte bordalês.
     Encontrou sua maior expressão na Argentina, hoje maior produtor mundial de vinhos com esta variedade, onde resulta em vinhos de excelente equilíbrio, concentrados, sedosos, taninos potentes, vivos e com alto teor de álcool.
     Variedade que se adapta bem a regiões altas e com grande insolação.
     Aromas e Buquê: Frutas negras, frutas vermelhas, especiarias e violetas. Quando cultivada no terroi francês pode apresentar notas que lembram caça.



SUGESTÃO DE EXERCÍCIO

    Compre um Malbec argentino de preço popular com alto teor alcoólico.
    Concentre-se na degustação do vinho e perca alguns minutos tentando mensurar os taninos, a acidez, o extrato e o álcool.
    Classifique-os em: nenhum, mínimo, moderado, médio, bastante e muito.
    Busque identificar se o vinho está em equilíbrio. A qualidade desses fatores e o equilíbrio entre eles é que fazem a qualidade de um grande vinho.
    Perceba que, provavelmente, o vinho tem muito extrato, álcool e taninos. Todos bem evidentes. No entanto, neste caso, o "X" da questão estará na acidez. É comum que produtores, em busca de um vinho muito encorpado, frutado, com taninos mais palatáveis e pronto para o consumo, tenha protelado demasiadamente a colheita e sacrificado a acidez da uva com o propósito de obter frutos bem maduros. Resultado: um vinho com muito álcool, corpo e fruta, que agrada no início, mas se torna enjoativo pela falta de acidez.

3 comentários:

  1. Oi Carlos e Lílian, antes de mais nada, a princesinha de vocês está cada vez mais linda. Muito fofa!!! Parabéns.
    Bem, não resisti em contribuir um pouco com a minha modesta experiência com os vinhos argentinos, dos quais sou fã. Devo admitir que não sou igual a Lílian, expert em aromas de vinhos mas vou dizer que tomei um vinho argentino maravilhoso. O vinho foi Cinco Tierras Malbec. Achei um vinho encorpado na medida ideal e com aroma frutado. Muito bom e recomendo se alguem tiver a oportunidade. Pelo que pesquisei na internet, nao é um vinho caro, está na faixa de uns R$ 40,00. Vai a dica para quem quer experimentar.

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  2. Acho o Latitud 33 um vinho "redondo". Mto bom! Adorei o diálogo do post.. consegui imaginar a cena! Esse casal sabe aproveitar a vida! :)

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  3. Esse é um ótimo custo benefício!!!!!! Um brinde!!!!!

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